sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Resenha do livro tripulação de esqueletos

 Bem  pessoas, hoje irei reproduzir um post do site MEDO B que achei muito bem escrito por sinal então dou todos os creditos de que fez o post  vamos lá:


Para quem nunca leu uma página do autor ( Stephen King ) e só conhece suas tramas pelas adaptações cinematográficas, é difícil entender o porquê de ele ser tão aclamado. 
Os motivos são vários, entre eles a capacidade de criar situações legitimamente aterradoras, a tensão que faz a gente apertar os dedos até amassar o papel, a escrita fluída e bem-humorada, etc. 
Mas o principal motivo, para mim, é o seguinte: King é tão bom porque ele escreve principalmente sobre pessoas, não sobre monstros. 
Sim, parece estranho, mas é isso mesmo: o autor sabe como construir personagens interessantes, reais, que parecem seres-humanos com os quais podemos nos identificar ou compreender; e então, quando passamos a nos importar com os personagens, quando queremos que tudo dê certo para eles, o autor os coloca em uma situação arriscada, assustadora e angustiante. 
O princípio é simples: se não nos importamos com os personagens, não existe tensão nem medo; mas se gostamos, a possibilidade de sentirmos medo quando estão diante de uma monstruosidade aumenta muito!

falemos um pouco dos contos do livro:


A primeira história é O Nevoeiro, que originou o filme de mesmo nome. Um grupo de pessoas fica encurralado dentro do mercado por um misterioso nevoeiro, que parece abrigar estranhas formas de vida. Isoladas do mundo, as pessoas lutam pela sobrevivência contra as monstruosidades, porém o maior perigo talvez esteja dentro de cada um deles. Uma trama poderosa que passeia do sutil ao explícito, abordando o que existe de pior no ser humano. O filme foi uma ótima adaptação, com um final que divide as pessoas, que ou amam, ou odeiam (eu amo, he he). O desfecho do conto é diferente e, de certa forma, muito mais apavorante e sutil que a versão filmada.


 
Aqui há Tygres (Sim, com “y” mesmo! É uma referência aos antigos mapas dos navegantes, que continham esse aviso sobre as florestas habitadas por felinos) mostra o destino de uma professora que não acredita na estranha história de um aluno. É a vingança de todos aqueles que já foram maltratados por um professor mala!


O Macaco aborda um daqueles macaquinhos de brinquedo, do tipo que bate dois pratos para fazer barulho (ou seja, uma porcaria irritante, haaha). Porém esse macaco do conto é especial, pois cada vez que os pratos batem... alguma coisa perto morre! Instigante. Não muito assustador, mas instigante.


A Excursão é uma história de ficção científica, sobre viagens interplanetárias através do teletransporte. Eu sei, falando assim parece chato, mas caras, esse conto tem um dos desfechos mais apavorantes que já li. Simplesmente ducaralho!


A Balsa é outra história que já foi adaptada para o cinema (em um filme da série Creepshow), e é uma das minhas favoritas. Faz o gênero “pessoas presas em um espaço pequeno”, ou no caso, quatro amigos que ficam encurralados em uma balsa fixa no meio de um lago. Na água, uma estranha entidade carnívora ronda os pobres coitados, que precisam decidir como irão escapar com vida. Terror explícito e repulsivo, amiguinhos. Nesse caso específico, acho que o desfecho da adaptação cinematográfica ficou melhor e mais irônico, mas o conto tem seus pontos fortes, como a construção do suspense e o desenvolvimento da personalidade de cada um. Legal às pampas!
A Imagem do Segador foi um dos primeiros contos de King, revelando que o cara já era bom desde cedo. Na trama, um homem deseja olhar para um estranho espelho que, segundo dizem, reflete a morte. Final do gênero “calafrio na espinha ou seu dinheiro de volta”.


Tipo de Sobrevivente é um dos contos do gênero Terror Repulsivo, no exato sentido da palavra. Aqui, um náufrago vai parar em uma ilhota deserta. Mas não é uma ilha estilo “Lost”, cheia de coqueiros e animais selvagens, esperando como patinhos de estande de tiro para serem abatidos. Nãnaninanão, esta ilhota é praticamente um recife de corais, sem qualquer fonte de alimento para nosso amigo. Assim sendo, o que ele faz para sobreviver? Se você pensou “corta pedaços do próprio corpo para comer”, procure um psiquiatra, seu doente! Ah, mas também fique feliz, pois você acertou. Não vou revelar mais detalhes, saiba apenas que essa é uma das histórias mais delirantes que você terá o prazer de ler.


Em Vovó, um garotinho é obrigado a ficar em casa, tendo como companhia somente a querida e obesa vovozinha. A velhota monstruosa fica apenas deitada em sua cama, pois está bastante doente; quando o menino vai (muito a contragosto) dar uma olhada no estado da simpática senhora, descobre que ela está, muito provavelmente, morta. Mas como isso é um conto de horror (do tipo Explícito, eu diria), é óbvio que não acaba por aqui. Amedrontador, tenso e com um final do mais delicioso humor negro.


E estes são apenas alguns dos excelentes contos da obra. Embora sejam fantásticos em sua maioria, há uns poucos que ficam abaixo do padrão do escritor (como A Balada do Projétil Flexível e Paranóide: Canto). Porém, mesmo um conto fraco de Stephen King costuma ser um conto acima da média, então o saldo é muuito positivo.


Concluindo, este á mais um livro que vale à pena. O terror é pra valer, os personagens são apaixonantes e a leitura é tão gostosa que você lê as 320 páginas (versão Objetiva) em pouquíssimo tempo. Mais uma indicação obrigatória para fãs do horror. ;)


fonte:Medo B

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